Antes de mais nada eu gostaria de dizer que costumeiramente eu compro livros no Carrefour, BIG e Bourbon com o vale alimentação que ganho no local onde trabalho... Parece que existe uma lei que não permite utilizar estes créditos para comprar nada que não seja de comida e/ou material de limpeza e higiene (inclusive cerveja), mas, como acredito que a leitura alimenta a alma e mata a fome de conhecimento (uau!) que tenho, não vejo nenhum mal em comprar alguns livros com estes créditos.Bem, como eu estava falando, eu compro muitos livros a ponto de não dar vazão a quantidade que compro, com isso, vou estocando-os em uma prateleira, da qual já está superlotada, e sempre que finalizo um livro me dirijo novamente a prateleira e escolho o próximo que será lido.
Pois bem, em uma destas visitas aos supermercados aqui de Canoas, comprei o livro Borboletas da Alma do médico e escritor Dráuzio Varela. Confesso que o nome do livro não me deixou uma boa impressão quando o vi na prateleira a venda, mas comprei da mesma maneira. Logo nos primeiros artigos do livro ele explica o que são as "borboletas da alma" que na verdade é como Santiago Ramón y Cajal, anatomista espanhol, considerado o pai da neurociência, chamava os neurônios. Além do mais o autor do livro, Drauzio Varela, é um personagem que me chama muito a atenção por assumir publicamente que é ateu e com isso acabei simpatizando com o cara, o que pesou na hora de comprar o livro.
Quanto ao livro eu o achei muito parecido com o Bilhões e Bilhões do Carl Sagan no que se diz respeito a tornar uma ciência, a física, astronomia e etc., mais "próxima" das pessoas leigas. Apresentado de maneira mais didática assuntos como os que nos parecem super complexos, tais quais: buraco negro, leis da física entre outros assuntos relacionados a nerds e pessoas com dificuldade de se socializar. O Drauzio Varela faz o mesmo, porém, com assuntos ligados a ciência, genética, evolução, saúde e etc.
Mas o que me fez escrever este post, além do fato de poder indicar ótimas leituras, foi o assunto tratado no artigo "Raízes orgânicas e socias da violência urbana" deste livro que, como o próprio nome do artigo diz, é uma reflexão sobre quais são as reais origens da violência na sociedade e como ela pode ser identificada e desenvolvida nos indivíduos. Neste artigo o autor deixa claro que é possível identificar crianças que possuem características psicopatas através de suas atitudes com os animais. Crianças cruéis com os animais apresentam falta de empatia, um forte indício que esta criança se tornará um adulto violento. Na minha infância uma das coisas que eu mais gostava de fazer era maltratar os animais, nunca cheguei a machucar seriamente um, ou até mesmo matar, mas sim, assustar, bater, expor os pobres animais a algumas situações e tal... No momento prefiro não entrar no detalhe do tipo de coisas que eu fazia, mas eram coisas não muito legais realmente. Esta história de que crianças que faziam isto são psicopatas é senso comum, realmente não acredito que seja uma regra isto. Tenho até hoje um humor muito negro, daqueles que se diverte vendo Happy Tree Friends, Filmes Trash, os filmes com Sacha Baron Coen que atuou nos filmes Borat, Bruno e em breve será Freddie Mercury em um filme do Queen (link) mas para psicopata eu não sirvo.
Neste instante quero fazer um teste com o leitor. Com base na idéia de sadismo que citei anteriormente, peço que você veja o vídeo abaixo e me diga o que sentiu... teve dó ou achou muito engraçado a ponto de encaminhar o video para os amigos. Adianto que no youtube este vídeo tem mais de 50% de repudio. Fiz um teste com uma amiga minha que cria cachorros e adora os animaizinhos e ela não gostou muito do vídeo...
Joao!! Tu maltratava os bichinhos?? Muito esperto de sua parte nao se expor aqui, em mais detalhes. Quase te liguei pra te xingar! ;-)
ResponderExcluirMas do teu teste... eu não ri, mas não achei uma crueldade barbárie, sabe? Pense "'oooo"... não compartilharia, mas não moveria uma ação contra o autor, deu pra entender?
Concordo 100% com o que vc escreveu: crianças que acham normal maltratar um animal, vão crescer para ser violentas. Aliás, até hoje não conheci um ser que seja agradável como pessoa "apesar de tratar mal animais". Isso é falta de caracter e reflete no dia a dia da pessoa, com certeza. Pode se esconder atras de um terno ou avental, mas mal carater é mal carater.
Entendo pessoas não gostarem de animais. Não querer tê-los ou, enfim, não darem muita bola. Mas maltratar, pra mim não faz sentido.
Oi João...é a Mayarinha (como não possuo essas coisas de identificação, por achar blogs sem graça - único que olho é o seu - usei como anônimo). Eu dei muita risada do vídeo! Acho que o limite do comportamento humano está justamente ligado ao meio em que convivemos e não a reações adversas que possamos ter com relação a animais. Sou apaixonada por animais, ri do video a ponto de não me aguentar de dor nas bochechas e nem por isso sou psicopata, anti-social, frustada ou algo do tipo.
ResponderExcluirSomos caracterizados por vivermos em sociedade e sermos reflexos dela, logo nossos comportamentos são definidos pela forma que somos criados e aceitos uns pelos outros.
Eae Mayarinha! Legal ouvir isto de ti! Isso me motiva a ainda manter este blog hehehehe. Eu fico mais tranquilo de saber que não sou psicopata... hehehe abraço!
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